"Sua antiga vida entre os Oovi-Kat pode ter se perdido para sempre, mas Neeko vê um futuro mágico pela frente: uma enorme tribo de vastayas, yordles, humanos e qualquer outra raça que compartilhe do seu sonho. Para ela, qualquer pessoa poderia encontrar um lugar em sua nova tribo. Assim, ela prometeu procurar essas almas, fazer amizade com elas e defender seus sho’mas com a própria vida.
Quem conhece Neeko, ama Neeko, e quem ama Neeko é Neeko."
Citação direta da bio dela no Universo. A parte importante em inglês, já que ilustra melhor o meu ponto:
"Her old life among the Oovi-Kat may be lost forever, but Neeko envisions a magical future—a larger tribe of like-hearted vastaya, yordles, humans, and whatever other creatures might share her dream."
A bio, e principalmente essa parte, atribuem-na um traço de agnosticidade quanto a aparências/exteriores, e de universalidade, já que ela tem toda uma temática espiritual/natural, etc. Bom, faz sentido.
O que não faz sentido é o tipo de lésbica que a tornaram:
@Edit: Isso é apenas um exemplo; tem trocentas falas desse tipo pra formar esse traço de personagem dela na dublagem.
Não é necessário muito exercício mental pra ver que o arquétipo de lésbica frustrada não encaixaria na personagem - é como se o Braum odiasse mulheres. Como alguns aqui devem saber, a Riot sofreu backlash algum tempo atrás da comunidade feminista/LGBT por acusações de sexismo na empresa de, em maioria, ex-empregadas. Tempo o suficiente pra mudar a dublagem, na verdade, que é uma das últimas etapas de desenvolvimento de um campeão(se eu não me engano).
Pra mim é claro que um personagem LGBT seria um petisco pro pessoal dessa comunidade parar de encher o saco(já que eu tenho o time de lore da Riot como extremamente competente); e como a Neeko era a primeira da fila, o negócio foi com a reta dela.
Espero que as falas sejam removidas/alteradas ao menos futuramente, já que é o meio mais fácil de deixá-la coerente. O outro seria mudar seu cerne pra combinar com isso; mas acabaria mudando totalmente a personagem.
@Edit: Destaquei a resposta do Kansai porque ele cita algo que dá uma complementada na minha argumentação, e é algo em que eu não tinha pensado quando fiz o post. Não tem nada resolvido, Rito. Eu preferia os boards.
Eu também achei que tem a ver, o único problema são falas como essa em relação ao Jarvan, isso poderia ter sido cortado, até porque tudo nela demonstra que ela se importa com o interior das criaturas, mas algumas vezes ela segue o meme "sai macho", o que a contradiz totalmente. Essa parte foi feita nas coxas.
Chega a ser engraçado e trágico ao mesmo tempo. 143 campeões no jogo feitos de todas as formas, representando uma quantidade vasta de personalidades, traços comuns ou admirados por jogadores; Mas quando existe menos de 1% de representatividade (incluindo Neeko e 2/3 do Varus) para aqueles que raramente são representados em algum tipo de jogo, chamam de forçação e de que a riot está fazendo as pessoas "de maioria" engolirem ideologia de gênero e ativismo (??).
Gente, representatividade nunca é demais. É bem chato ver todo mundo ser representado, menos você, porque a gente sempre quer se identificar com pessoas, grupos, arte, esse é o ser humano. A falta de representação faz as pessoas sempre estranharem quando o grupo é representado em algo (seja o grupo gay ou absolutamente qualquer grupo, como mudos por exemplo em relação a Sona), e daí as pessoas questionam se isso é válido ou não, e é, muito.
@Yüa@ escreveu:Eu também achei que tem a ver, o único problema são falas como essa em relação ao Jarvan, isso poderia ter sido cortado, até porque tudo nela demonstra que ela se importa com o interior das criaturas, mas algumas vezes ela segue o meme "sai macho", o que a contradiz totalmente. Essa parte foi feita nas coxas.
Não são só em relação ao Jarvan, são com todos os campeões masculinos. No vídeo, o Jarvan tá ali de exemplo. Veja o canto superior esquerdo.
@Níco Minoru@ escreveu:
Na verdade, encaixa sim. Faz todo sentido ela ser uma personagem LGBT, quando vi as falas dela (antes do anúncio de um rioter confirmando) pude notar, porém, inicialmente, levei mais para um lado pansexual, já que ela se interessaria mais pela essência da pessoa, a alma e personalidade dela em si. Porém após ouvir o restante das interações, percebi que ela tem muito mais interesse em corpos femininos.
Acho interessante e extremamente válida a ideia de representatividade dentro do jogo, e a personagem é simplesmente perfeita para isso. Ela é praticamente um camaleão, mudando o exterior, porém o interior continua o mesmo, do início ao fim do processo. Isso é basicamente o que acontece com a maior parte da comunidade, precisar se camuflar, se transformar por fora, apenas para não sofrer ódio, preconceito e ser aceita dentro dessa sociedade que cobra um exterior que se encaixe nos padrões. E o nosso interior, o mesmo, desde criança se sentindo diferente dos outros, sendo ensinado que ser diferente desse jeito é errado, e que devemos nos camuflar, nos disfarçar para não nos sentirmos mal com os comentários alheios, com a reprovação dos familiares, com o sentimento de culpa e de impotência.
Neeko é a melhor adição ao League que já teve, pelo menos para mim. Agora sinto representação, agora sinto que sabem a existência de pessoas diferentes dentro do jogo.
Acho que tu tá achando chifre em cabeça de cavalo com esse simbolismo todo. Faz algum sentido o interesse maior por corpos femininos a príncipio, mas como ela vê através dos corpos de qualquer maneira, não faz sentido macroscopicamente essa proporção de falas a respeito.
Quando eu era criança a maior parte dos desenhos apresentavam 10 homens e uma menina (tem até um nome pra esse conceito que eu esqueci agora), eu só podia criar uma identificação maior com essa uma menina, mesmo que ela estivesse ali só pra gritar (muito comum na época), eu torcia por ela, mas era muito chato não ter personagens femininos variados pra eu poder me identificar de verdade. Eu era criança e esse era um anseio meu, não tinha nada a ver com influência política, direita ou esquerda, era simplesmente uma necessidade de não ser posta de lado nas mídias que eu gostava, e eu me sentia assim, posta de lado.
Eu cresci e meu TCC foi sobre isso. Hoje em dia nós temos várias mídias com mulheres de diferentes tipos sendo protagonistas, e isso dá um alívio que vocês são sabem, saber que não somos apenas a mocinha em perigo que aparece no capítulo 40. Representatividade é sim, muito importante, ajuda as pessoas a saberem que elas tem um lugar respeitado. Isso é importante pra comunidade LGBT também, cujo a única representação que tiveram durante a maior parte dos últimos anos foi ser chacota de humorístico de TV.
PS: Isso foi mais para as outras pessoas postando no tópico do que pra postagem original em si.
@Arqueiro DKT@ escreveu:Cara, pq vc acha que a opção sexual da pessoal existe algum traço caracteristica de alguma coisa?
Pra mim, são pessoas normais que, se assim quiserem, poderiam guardar para si seu segredo e nunca revelarem.
Você leu o post? Eu citei especificamente o arquétipo da lésbica frustrada com homens.
@Fiona@ escreveu:
Não aguento mais essas representatividades forçadas em personagens. 😕
Não existe representatividade forçada. Os campeões são inventados, e tudo neles também. Eles inventaram uma camaleoa meio ancestral Vastaya e essa coisa toda, fizeram ela ter habilidade de clonar outros seres e ser lésbica.
Sinceramente, desculpa se estou sendo ignorante ou generalizador, mas a maioria das pessoas que dizem isso ou coisas relacionadas ao que você disse é gente que não entende coisas simples como o que eu acabei de explicar a cima e ou são ou tem um pouco de "pessoa preconceituosa" dentro de sí. A atualização (não quero por em caps porque vai deixar o comentários feio, mas ênfase a palavra) da bio do Varus, por exemplo, também não foi forçado. Forçado seria, por exemplo, depois de anos deixando a comunidade no vácuo e dando tantos sinais de que o Ezreal realmente ama a Lux (e antigamente ela até sabia disso), dizer que ele tem algo com o Taric. Me entende?
@Yüa@ escreveu:Quando eu era criança a maior parte dos desenhos apresentavam 10 homens e uma menina (tem até um nome pra esse conceito que eu esqueci agora), eu só podia criar uma identificação maior com essa uma menina, mesmo que ela estivesse ali só pra gritar (muito comum na época), eu torcia por ela, mas era muito chato não ter personagens femininos variados pra eu poder me identificar de verdade. Eu era criança e esse era um anseio meu, não tinha nada a ver com influência política, direita ou esquerda, era simplesmente uma necessidade de não ser posta de lado nas mídias que eu gostava, e eu me sentia assim, posta de lado.
Eu cresci e meu TCC foi sobre isso. Hoje em dia nós temos várias mídias com mulheres de diferentes tipos sendo protagonistas, e isso dá um alívio que vocês são sabem, saber que não somos apenas a mocinha em perigo que aparece no capítulo 40. Representatividade é sim, muito importante, ajuda as pessoas a saberem que elas tem um lugar respeitado. Isso é importante pra comunidade LGBT também, cujo a única representação que tiveram durante a maior parte dos últimos anos foi ser chacota de humorístico de TV.
PS: Isso foi mais para as outras pessoas postando no tópico do que pra postagem original em si.
@Pulsefire Museum@ escreveu:
@Fiona@ escreveu:
Não aguento mais essas representatividades forçadas em personagens. 😕Não existe representatividade forçada. Os campeões são inventados, e tudo neles também. Eles inventaram uma camaleoa meio ancestral Vastaya e essa coisa toda, fizeram ela ter habilidade de clonar outros seres e ser lésbica.
Sinceramente, desculpa se estou sendo ignorante ou generalizador, mas a maioria das pessoas que dizem isso ou coisas relacionadas ao que você disse é gente que não entende coisas simples como o que eu acabei de explicar a cima e ou são ou tem um pouco de "pessoa preconceituosa" dentro de sí. A atualização (não quero por em caps porque vai deixar o comentários feio, mas ênfase a palavra) da bio do Varus, por exemplo, também não foi forçado. Forçado seria, por exemplo, depois de anos deixando a comunidade no vácuo e dando tantos sinais de que o Ezreal realmente ama a Lux (e antigamente ela até sabia disso), dizer que ele tem algo com o Taric. Me entende?
Acho que o que o amigo quis dizer com "forçação" foi uma motivação política por trás desses tipos de traços de personagem, não necessariamente beneficiando a qualidade da obra.
@Yüa@ escreveu:
Oh deuses, eu falei de quando eu era criança pra mostrar que essa não é uma ideia adulta permeada pela política de esquerda querendo doutrinar a humanidade. Não estou falando sobre o direito das crianças, nem sobre elas serem vítimas de algo, nem querendo causar um efeito emocional e nem nada do tipo. É literalmente = crianças já pensam sobre esse tipo de coisa por tabela, não é algo exclusivamente da esquerda querendo fazer o mundo ser X ou Y. Tem nada de emocional nisso.
Meu ponto é de que é preciso apelar pro emocional pra relevar esse tipo de coisa como mais que pífia. Como você tinha tentado fazer.